De oras e horas o vento vai levando as folhas secas, em meios vendavais. Deixando o chão à mostra. Quando tudo faz silêncio, quando em volta já tem tanto tempo à espera de temporais. Dizendo frases programadas, palavras decoradas para, quem sabe, impressionar. Brincando com as despedidas, desejando não desejar.
O menino buscou sentimentos onde há tempos não havia nada e os levou para um lugar secreto que ele rabiscou na contracapa de um livro velho. Não que os livros fiquem velhos; muito menos as histórias. Mas as folhas escurecem com o tempo.
Menina de pele branca, cabelo atrás da orelha. Mãos que reviram o descontrole dos sentidos. Cheiro de dia amanhecendo na beira do rio. Perfume que faz nascer a mais bonita pretensão.
De mãos dadas menino e menina viajaram juntos para um lugar onde os pés não podem alcançar o chão. Rasgando frases no espaço, em desequilíbrio com o resto de tudo. Um olhar e uma perdição. Menina dos olhos dançando ballet. Cantarolando canções como se fossem de sua autoria. Partituras guardadas, refrões esquecidos.
O menino não quis saber dos minutos, não quis saber da data, não quis saber do começo para não ter que saber do fim. Com seus sentidos fartos de emoções, pelas calçadas de ruas abandonadas, ele andou pela contramão. Tentando um disfarce, um pretexto.
Quis levar as lembranças, escondê-las em uma caixa de papelão. Mas algumas caíram da bolsa, espalharam-se por entre as folhas secas. E de oras e horas o vento foi trazendo meios vendavais e o tempo foi revivendo velhos temporais. Na contracapa de um livro velho.
O menino buscou sentimentos onde há tempos não havia nada e os levou para um lugar secreto que ele rabiscou na contracapa de um livro velho. Não que os livros fiquem velhos; muito menos as histórias. Mas as folhas escurecem com o tempo.
Menina de pele branca, cabelo atrás da orelha. Mãos que reviram o descontrole dos sentidos. Cheiro de dia amanhecendo na beira do rio. Perfume que faz nascer a mais bonita pretensão.
De mãos dadas menino e menina viajaram juntos para um lugar onde os pés não podem alcançar o chão. Rasgando frases no espaço, em desequilíbrio com o resto de tudo. Um olhar e uma perdição. Menina dos olhos dançando ballet. Cantarolando canções como se fossem de sua autoria. Partituras guardadas, refrões esquecidos.
O menino não quis saber dos minutos, não quis saber da data, não quis saber do começo para não ter que saber do fim. Com seus sentidos fartos de emoções, pelas calçadas de ruas abandonadas, ele andou pela contramão. Tentando um disfarce, um pretexto.
Quis levar as lembranças, escondê-las em uma caixa de papelão. Mas algumas caíram da bolsa, espalharam-se por entre as folhas secas. E de oras e horas o vento foi trazendo meios vendavais e o tempo foi revivendo velhos temporais. Na contracapa de um livro velho.
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