sexta-feira, 23 de setembro de 2011

E se...



E se a rua diminuísse na largura, e entre a minha casa e a sua, a gente fosse se encontrar. E quem sabe nossas linhas, tendenciosamente paralelas, não se aproximam ao ponto de se sobreporem, de se enroscarem na doce imagem de te ver passar, de estar sempre no meio do seu caminho.

Mas se a rua se estreitasse, o par com o ímpar, do verde com o vermelho, nas arquiteturas tortas, diariamente ao grande encontro, nas linhas, em cubos, em euforia imperceptível a olho nu.

E se a lua se aproximasse, iluminando nossos caminhos, estreitando nossos espaços vazios. Mas se você simplesmente atravessasse a rua, mudasse de calçada, no samba feito pra você chegar, nem lua nem rua nem nada me fariam te abandonar.